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quarta-feira, 15 de abril de 2015

Bancos brasileiros são "exceção lucrativa" no setor, diz "Economista"

da BBC Brasil 

Os bancos brasileiros estão seguros e seriam uma exceção no setor em meio à crise, segundo reportagem publicada pela revista britânica Economist que chega às bancas nesta sexta-feira. 
Comentando o corte de 1,5 ponto percentual da taxa de juros Selic na semana passada, a revista afirma que o Banco Central conseguiu cortar as taxas dura e rapidamente, e que mais cortes são esperados. 

Essa é uma novidade bem vinda: no passado, a frágil moeda e a alta inflação impediam que o país adotasse medidas anti-cíclicas como esta, afirma a reportagem. 

Mas a revista destaca que os cortes nas taxas não estão sendo repassados para os clientes, alimentado a discussão sobre os altos lucros dos bancos com seus spreads (a diferença entre as taxas cobradas sobre o dinheiro que o banco toma emprestado e que ele empresta aos seus clientes). 

Os bancos brasileiros podem ser caros, mas pelo menos eles estão seguros, diz a Economist. Até agora, nenhum deles teve problemas com a crise financeira mundial. Isso pode ser porque seus lucros com as atividades diárias são tão altos que eles não precisaram assumir riscos tolos. 

A Economist afirma que, segundo um cálculo do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial), o Brasil tem os spreads bancários mais altos do mundo. 

O cálculo, no entanto, é disputado pela Federação de Bancos, que alegam que os spreads são inflados pelos impostos sobre as transações bancárias. 

De acordo com a revista, a segurança também se deve ao fato de os regulamentos serem mais duros desde que vários bancos quebraram quando a inflação foi domada, em meados dos anos 90. 

A Economist comenta ainda que os bancos HSBC e Citibank, que enfrentam problemas no resto do mundo, vão bem no Brasil. 

De uma maneira ou de outra, o sistema bancário do Brasil parece que vai continuar a ser a lucrativa exceção aos desastres em outros lugares, conclui a reportagem. 

Fonte: Folha Online, 19 de março de 2009.

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